Como dois Pagãos - Yô Costa
Era o espírito chamado para viver.
A lua era dourada, no alto e ao fim, ela desceu.
Sentiu-se o véu perfeitamente quando este voltou.
Abençoando Samhain em tom de Beltaine
Hoje, leve como nuvem, meu espírito transborda
Quente como o Sol, minha vida se levanta.
Amando mais estou, sendo dela mais como nunca foi.
Uma Deusa como Lua em forma de Pessoa.
Eu como Sol, Brilhando para ela com toda doçura.
Meu fogo se tornou pleno ao lado do meu amor.
Como fogueira no dia do fim da colheita, festejou.
Te amo minha irmã, menina e mulher...
Te quero por todo tempo que existir...
Teu corpo, tua alma, teu olhar.
O teu toque como sempre a me queimar
De amor de paixão e no transar.
Como Deusa na festa das fogueiras te levei
Como um Deus pagão, fui lhe possuir.
Nosso amor se ergueu como o mais alto monte,
Como o mais incandescente vulcão!
Fomos ao alto dos céus e ao profundo do mar.
Giramos em vórtice pelo nosso mais louco sonhar.
Realizando neste dia, quase ritual, a união..
A paixão e o amor em combustão.
Lhe guardo, amada minha,
Por sobre a água, ou sob aquela Lua Dourada.
Somente uma Arvore assistiu nossa perfeita combustão.
E como disse Chico: "...nos amamos como dois pagãos..."
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